
No mês em que o país celebra o Dia Mundial do Doador de Sangue (14 de junho), a campanha nacional Junho Vermelho ganha força para chamar a atenção da sociedade sobre a importância da doação regular de sangue. Apesar de ser um gesto simples, os números revelam uma realidade alarmante.
Em 2023, apenas entre 1,6% e 1,8% da população brasileira doou sangue, segundo dados do Ministério da Saúde. Isso representa cerca de 3,2 milhões de bolsas coletadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no ano anterior.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que países sustentem entre 3% e 5% de doadores ativos para garantir estoques seguros. O Brasil, portanto, ainda está aquém do ideal, o país precisa de aproximadamente 5.500 bolsas por dia para atender à demanda regular de hospitais e emergências.
Junho marca o início do período crítico para os bancos de sangue, devido a: aumento das infecções respiratórias; férias e festas juninas; queda nos estoques aliados a aumento da demanda por acidentes de trânsito. Os hemocentros alertam para a urgência de campanhas que alcancem doadores regulares neste mês.
Em Sergipe, o Hemocentro (Hemose) registrou mais de 11 mil doações entre janeiro e maio de 2025. Em 2024, foram quase 29,5 mil bolsas, com 58% dos doadores sendo homens e 42% mulheres. Durante Junho Vermelho, foram realizadas coletas externas, eventos temáticos e ações de conscientização em parceria com órgãos públicos e privados.
Lei Estadual
Aprovada em 16 de outubro de 2020, a Lei nº 8.776 instituiu a Semana Estadual de Doação de Sangue em Sergipe, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância desse ato solidário e estimular o aumento no número de doadores. A iniciativa busca ampliar o debate sobre a doação de sangue, fortalecer campanhas educativas e mobilizar a sociedade para garantir estoques seguros nos hemocentros do estado, especialmente em períodos críticos de baixa captação.
Doação
Podem doar: pessoas de 16 a 69 anos, com peso mínimo de 50 kg, em bom estado de saúde;
Homens podem doar até 4 vezes por ano (a cada 60 dias); mulheres, até 3 vezes (a cada 90 dias);
Cada bolsa doada pode salvar até 4 vidas, pois é fracionada em hemácias, plaquetas, plasma e crioprecipitado;
Além de salvar vidas, doar oferece ao doador sinais de bem-estar e acesso a exames laboratoriais gratuitos.