
A deputada federal Yandra Moura (União-SE), é a mais jovem e a única representante do Nordeste em primeiro mandato entre as 12 mulheres que figuram no ranking dos 100 parlamentares mais influentes da Câmara dos Deputados para o biênio 2025-2026. O levantamento é do Índice de Influência Parlamentar (IFI), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Representação e Legitimidade Democrática (INCT-ReDem) em parceria com o Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB).
Eleita em 2022, Yandra ocupa atualmente a presidência da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional e a vice liderança do União Brasil. Em maio de 2023, foi escolhida coordenadora-geral do Observatório Nacional da Mulher na Política da Secretaria da Mulher para o biênio 2023-2025. Desde o início do mandato, mantém atuação constante em pautas relevantes para o país, com projetos aprovados em plenário, relatorias bem-sucedidas em comissões e forte defesa do municipalismo.
Entre as 12 deputadas listadas no Top 100, acompanham Yandra as deputadas: Caroline de Toni (PL-SC), Laura Carneiro (PSD-RJ), Bia Kicis (PL-DF), Talíria Petrone (PSOL-RJ), Chris Tonietto (PL-RJ), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Adriana Ventura (Novo-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Benedita da Silva (PT-RJ), Flávia Morais (PDT-GO) e Célia Xakriabá (PSOL-MG).
Apesar de representarem apenas 18% das cadeiras da Câmara, as parlamentares destacadas pelo IFI formam um grupo diverso em termos partidários e ideológicos. O ranking mostra, segundo os pesquisadores, que a conquista de espaço por mulheres ocorre de forma isolada, mas não restrita a um único campo político.
O levantamento avalia não apenas a quantidade de projetos ou presença em plenário, mas o acesso a cargos e funções estratégicas que concentram poder de decisão, como presidências de comissões, relatorias de grande impacto e liderança de bancadas. O critério posiciona funções com capacidade de influenciar diretamente a pauta legislativa e o ritmo das votações.
Para os autores do estudo, garantir maior presença feminina nos cargos de comando é fundamental para reduzir desigualdades de gênero no Congresso. “Ao mensurar empiricamente a ocupação de posições estratégicas, o índice revela uma dimensão muitas vezes invisível, mas determinante, da política legislativa: quem tem acesso aos mecanismos decisórios”, afirma Maiane Bittencourt, uma das pesquisadoras.
Yandra é a primeira mulher sergipana incluída entre os top 100 e avalia que a presença feminina em espaços estratégicos é parte de um esforço coletivo. “O nosso trabalho é sério, baseado na realidade do brasileiro, do nosso dia a dia. Temos diversas pautas em defesa da mulher. São intensos os esforços para ajudar a compreender a realidade atual de que apenas cinco países no mundo alcançam o equilíbrio numérico entre mulheres e homens nos parlamentos. Como sergipana, nordestina e deputada, melhorar esse índice é compromisso das principais democracias, e estamos nessa luta ativa”, afirmou.
Por Assessoria