Familiares do motorista de aplicativo de Aracaju, Jefferson Adriano dos Santos, disseram, nesta quarta-feira (27), que ele foi preso injustamente. Além disso, eles denunciam que ele foi vítima de racismo e violência por parte de policiais militares.
Segundo a família, no último sábado (23), o motorista foi rendido por dois passageiros que o obrigaram a dirigir para que a dupla realizasse assaltos. Durante a ocorrência, Jefferson teria sido abordado e preso pela Polícia Militar junto com os suspeitos.
No registro do caso, o motorista teria sido apontado pelos policiais como suspeito de participar dos assaltos. Após passarem por audiência de custódia, todos tiveram as prisões convertidas em preventivas e continuam presos.
A família quer provar que Jefferson Adriano foi vítima dos assaltantes e não comparsa.“ Meu marido não tem nenhum antecedente criminal e o que está acontecendo com ele é uma injustiça muito grande. Ele trabalha e tem residência fixa”, disse a esposa Yasmim Garrido.
A esposa ainda acredita que o motorista está sendo vítima de preconceito racial. “Infelizmente pela cor, por ser preto, ele está onde está, porque nada disso condiz com a realidade da pessoa com quem eu casei e nem com a realidade de quem é o filho, o irmão, o amigo”, acrescentou a esposa.
Um dos advogados de defesa de Jefferson afirma que tentou mostrar que não havia motivo para a conversão do flagrante em prisão preventiva. “ A defesa analisou os fatos e encontrou algumas inconsistências processuais, mas ainda assim a Justiça entendeu em manter a prisão o flagranteado preso”, disse Maurício Conceição.
O que diz a Polícia Militar
Sobre as denúncias de agressões e racismo relatadas pela família na reportagem, a assessoria de comunicação da Polícia Militar orientou que os parentes compareçam à ouvidoria da PM para que a investigação interna seja instaurada e identificados os policiais envolvidos no caso.