A Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac) informou nesta terça-feira, 11, que não há possibilidade de um ciclone extratropical atingir o estado de Sergipe nos próximos dias. Segundo o órgão, os dados divulgados em portais de notícias do Brasil e replicados nas redes sociais e sites locais não condizem com as condições climatológicas referentes ao Leste do Nordeste e ao território sergipano.
De acordo com o meteorologista da Semac, Overland Amaral, a possibilidade de um ciclone extratropical atuar no Leste do Nordeste do Brasil é inexistente. “A população deve ficar tranquila. Nunca na história da meteorologia e na climatologia um ciclone dessa natureza poderá atuar sobre o Leste do Nordeste. Nós temos outros sistemas que trazem chuvas muito mais intensas, mas, neste momento, os sergipanos podem ficar tranquilos que não há nenhum risco para o estado de Sergipe”, disse.
O meteorologista explica que o ciclone extratropical é um fenômeno meteorológico caracterizado por fortes tempestades e ventos, que faz parte de uma família maior de fenômenos: os ciclones. “O ciclone extratropical atua fora dos trópicos, exatamente ao lado da Costa Leste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, até São Paulo. É um processo atmosférico que impulsiona frente fria, cavados e linhas de instabilidade na região Tropical. Portanto, ele não tem o poder de atuar sobre o estado de Sergipe”, reforçou Overland Amaral.
Entenda
Diversos portais de notícias no Brasil compartilharam a informação de que o Instituto Nacional de Meterologia emitiu um “alerta amarelo” e destacou o perigo potencial de tempestades e chuvas intensas em alguns estados, incluindo do Sul e Sudeste, e no Nordeste, em Sergipe. A mudança no clima seria resultado da formação de um ciclone extratropical e também do transporte de umidade.
No site do Inmet, a notícia publicada às 17h desta terça-feira, 11, a esclarece que há previsão – para o período de 12 a 15d e julho – de formação de um ciclone extratropical – associado a uma frente fria – que deverá atingir áreas do Sudeste e Centro-Oeste, podendo chegar, inclusive, ao sul da região amazônica, provando a intensificação dos ventos, chuva e frio.
Com informações da ASN e do Inmet