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Quase 95% dos pretendentes na fila de adoção em SE não aceitam crianças e adolescentes com deficiências

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Por Isto é Aracaju

Esta quinta-feira, 9 de novembro, é o Dia Mundial da Adoção. Em Sergipe, 94,9% dos 315 pretendentes a adoção de crianças e adolescentes desejam um adotando sem deficiências, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) até o dia 4 de novembro. Também há restrições quanto a doenças infectocontagiosas, etnia e gênero.

Ainda segundo o CNJ, 95,2% não aceitam crianças e adolescentes com doenças infectocontagiosas; 71,7% desejam apenas uma criança, o que exclui a adoção de irmãos; 41,3% escolhe gênero; 40,7% têm preferência de etnia.95,295,294,9

“Uma criança com deficiência, doença grave, é uma criança que já não vem pra preencher essa necessidade que temos de descendência saudável. A criança que está indo para a adoção não é idealizada, mas é possível amar profundamente pessoas que não tenham nossa imagem e semelhança”, disse a presidente do Grupo de Apoio à Adoção em Sergipe Acalanto, Marlizete Maldonado Vargas.

De 2019 até o último dia dia 4 de novembro, 95 adoções foram feitas em Sergipe. “Até foi um avanço, há 15 anos atrás, eram quatro, cinco ao ano”, falou.

Ainda segundo dados do CNJ, 39 crianças e adolescentes estavam disponíveis para adoção, sendo que 17 já estavam vinculadas a alguma família.

Das 22 não vinculadas, oito são maiores de 16 anos; cinco têm entre 14 e 16 anos; seis têm de 12 a 14 anos; e três de 10 a 12 anos. “A maior parte é acima de oito anos, e os habilitados pretendem adotar até oito anos”, revelou Maldonado.

Atualmente, há 255 crianças e adolescentes acolhidos em instituições que não estão na fila de adoção.

“Não estão disponíveis porque estão em processo, em avaliação das famílias, pra retorno pra família de origem, às vezes são guardas que são retiradas temporariamente”, explicou a presidente da Acalanto.

166 dos acolhidos estão nas instituições há menos de um ano; 35 estão de 1 a 2 anos; 24, de dois a três anos, e 30 estão há mais de três anos nas casas de acolhimento.

Como adotar?

Quem quer adotar, precisa procurar a Vara de Infância e Juventude mais próxima para apresentar documentos e dar início a todo o processo. Veja o passo a passo no site do CNJ.

Fonte: G1 SE

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