O blog recebeu ontem diversos comentários de leitores contra a venda do Parque de Exposição Nicolau Almeida, um local histórico para a cidade que já realizou grandes exposições e eventos. Inclusive que tem uma lei municipal (920, de 19 de maio de 2020) tornando o Parque Patrimônio Histórico e Cultural de Lagarto (print ao lado).
Como a atual gestão municipal – comandada pelo deputado federal Gustinho Ribeiro – não tem criatividade para formular ideias e eventos para soerguer o espaço, resolveu anunciar que pretende vender o local. É por isso que os lagartenses comparam com a gestão de Itabaiana que em pouco tempo criou o evento Agroshow que hoje é referência para o Nordeste. Lagarto perdeu o título de capital do interior, para a pujante Itabaiana.
Sem criatividade a gestão de Hilda Ribeiro quer vender um patrimônio do povo sem respeitar o legado histórico do local.
Parque Urbano
Uma das ideias apresentadas pelos leitores foi de transformar o local num Parque Urbano já que o município precisa de uma área de lazer aberta que propicie a prática de diversas atividades esportivas e culturais. Um leitor enviou uma tese apresentada no Campus da UFS de Laranjeiras, por uma formada de arquitetura e urbanismo (Letícia Ferreira Santos), em março de 2018. Na tese, ela demonstra a potencialidade do local se transformar num Parque Urbano porque tem uma área aproximada de 37.721,00m². Cita diversos exemplos de parques urbanos que poderia ter um espaço para exposições, mas outros espaços de multiuso, de contemplação e cultural, possibilitando apresentações de todos os tipos.
Centro Administrativo
Já que não tem ideias para a área agrícola que tal – como sugeriu um leitor atento – construir o Centro Administrativo da Prefeitura de Lagarto no local? E manteria o nome e faria uma espécie de monumento em homenagem ao Parque e sua história.
A população está se mobilizando, fazendo abaixo-assinado e pressionando os vereadores. Bem que o Ministério Público Estadual poderia encampar esta bandeira em defesa da história cultural de Lagarto.
Já que a gestão municipal não tem compromisso com a agricultura e nem mesmo com o legado histórico, é preciso que o MPE e a sociedade organizada façam sua parte.
Por Cláudio Nunes